O Projeto Tamar de Florianópolis promoverá uma ação de sensibilização ambiental nesta terça-feira, às 14h, na Praia do Cascalho, no Bairro Armação. Uma tartaruga-verde será devolvida para o mar em parceira com o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) de Penha e a Associação de Moradores e Amigos da Praia Grande (Amapg). Alunos da Escola Estadual Básica João Batista Paiva vão participar atividade, que é aberta à comunidade.
A bióloga Camila Trentin Cegoni, responsável pelo centro de visitantes do Projeto Tamar em Floripa, explicou que o animal que será devolvido ao mar é jovem e mede cerca de 40 centímetros. Segundo ela, a tartaruga passou por um período de reabilitação no Tamar após aparecer debilitada em Penha.
“Nós sempre tentamos priorizar o retorno das tartarugas que fizeram tratamento para os locais onde foram encontradas”, disse a bióloga.
A ação de amanhã conta com o apoio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos. O PMP monitora diariamente 800 quilômetros de litoral, entre Ubatuba/SP e Laguna, em Santa Catarina. Penha conta um polo do PMP, em convênio com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Segundo o professor e coordenador de Maricultura da Univali, Gilberto Manzoni, moradores e especialistas têm observado movimentação intensa de tartarugas em Penha. “Eu acredito que é resultado do trabalho do Tamar e chama a atenção essa grande ocorrência de tartarugas na região da Praia do Cascalho tem chamado a atenção. É um grande atrativo para moradores e turistas e demonstra a importância ecológica do Cascalho”, comentou Gilberto, que também é integrante da Amapg.
Santuário
Há pelo menos um ano, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, vem fazendo o levantamento das tartarugas marinhas que visitam a Praia do Cascalho. A intenção é mapear esta rica vida marinha e propor ações de responsabilidade ambiental ao poder público.
Eron Paes e Lima, biólogo e analista ambiental do ICMBio de Florianópolis, disse que o trabalho que o diagnóstico irá determinar o número de tartarugas que frequentam o Cascalho; se é fixa ou só de passagem. “Também vamos avaliar se há interação entre as espécies de tartaruga”, adiantou.
As tartarugas, segundo explicou o biólogo Eron, nascem do estado do Rio de Janeiro para o norte do país, em zonas de reprodução. Após o nascimento, as espécies migram para as águas do Sul, ricas em alimento. “Elas procuram pelas zonas de alimentação. Por isso encontramos aqui muitas tartarugas jovens. Quando chegam à vida adulta, elas retornam para os locais em que nasceram, fechando o ciclo de reprodução”, comentou.
Belíssimo artigo. Parabéns.
Os moradores precisássemos fesse apoio pois a quantidade de jet-ski em exibicionismo , com alta velocidade, é grande.
Não vem dooradores mas de visitantes. Quem sabe agora podemos ter força para impedirmos que isso continue..
Luiza Pereira