
Uma reportagem em um meio de comunicação regional trouxe uma preocupação de saúde pública em Penha. Os moradores do bairro de Armação denunciaram ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) a presença de produtos tóxicos no cultivo de mariscos.
O resíduo foi encontrado nas bombonas que antes de serem reutilizadas por alguns produtores acabam servindo de embalagem para transporte de produtos de fabricação plástica e outro com efeito semelhante ao cloro.
Na maricultura, as bombonas de plástico são usadas como boias que seguram as redes e ficam debaixo da água. O material pode ser aproveitado durante anos, o que traz um outro risco, caso aconteça o vazamento desse resíduo a água e o marisco ficam expostos a contaminação.
Responsável pela fiscalização, a prefeitura de Penha justificou a falha pela falta de efetivo para fiscalizar a atividade dos produtores e acrescentou que após a criação do Fundação do Meio Ambiente vai abrir concurso público para contratação de funcionários que acompanhem a atividade.
“Tem uma recomendação do Ibama que autoriza o reaproveitamento de bombonas recicláveis desde que não acondicione produtos tóxicos. É uma situação preocupante, mas a Univali monitora a qualidade da água e dos moluscos, para que fiquem livres de contaminação”, minimizou o pesquisar e diretor da Associação de Maricultores, Gilberto Manzoni.
Casal sofreu intoxicação no verão
Um casal que morava perto dessa residência onde o material contaminado era manipulado ficou doente, com problemas respiratórios. Um médico escreveu que o quadro clinico apontava que eram vítimas de intoxicação de produto químico inalado, compatível a ácido clorídrico.
Procurado pela reportagem do NP, o secretário municipal de Agricultura e Pesca Ronaldo Laurentino, o Tito, não foi encontrado para comentar o assunto e como a denúncia afeta o setor.