[Artigo] O surfista Gustavo Machado

Por Douglas do Prado
Advogado

O pré-candidato a prefeito de Penha pelo PRTB, Gustavo Machado, é o que podemos chamar de surfista da política. A primeira onda que dropou foi em 2012, quando saiu candidato a vereador em Blumenau pelo MDB. Dois anos depois, a onda mudou de direção, e já no PRB, Machado se lançou candidato a deputado federal, também por Blumenau. Não obteve êxito em nenhuma das duas campanhas.

Em 2018 ele apareceu pela Penha com um programa histriônico na Rádio Pérola, no horário do almoço. Ele chamou mais atenção pelo barulho que fazia do que pelo trabalho em si. Dava porradas na mesa, gritava, zombava…um fanfarrão. Não durou muito tempo, mas já dava pistas das intenções do causídico blumenauense.

Gustavo Machado apareceu como a “nova” cara do PSL de Penha, depois de passar pelo hoje MDB e PRB. Facebook cheio de fotos com personalidades do governo federal criaram a atmosfera de que ele seria o candidato do 17 em Penha. Não se concretizou e agora ele tenta se firmar de qualquer jeito no PRTB, partido sem expressão alguma na cidade e que de uns tempos pra cá tem carregado o bordão “Eu Acredito em Penha”. Quem não acredita, querido?

Leilão

Três semanas atrás o surfista catou novamente a sua prancha e entrou no mar…ops, na pauta polêmica do leilão. Em um vídeo gravado na frente do Fórum de Balneário Piçarras, o surfista informava que a associação de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais de Penha, Navegantes, Balneário Piçarras e Barra Velha (Ampenapi) estava entrando com uma ação civil pública contra o leilão.

O leilão foi suspenso, mas não pela ação da Ampenapi ou do surfista. Isso ele não contou pra ninguém. Mas, novamente, pegou onda na suspensão do leilão, deixando a entender, em novo vídeo, que a decisão judicial tinha ocorrido pelo trabalho dele e da associação. Porém, a Ampenapi foi considerada ilegítima, ou seja, a ação da entidade só serviu para uma coisa: dar trabalho para o juiz Luiz Carlos Vailati Junior. Acabou extinta pelo magistrado porque no estatuto social da Ampenapi não há previsão, nem mesmo de forma genérica, de que ela tenha entre suas finalidades e objetivos a defesa do patrimônio público.

O surfista tomou um caldo.