A Secretaria de Saúde de Navegantes, através do Centro Epidemiológico de Testagem e Aconselhamento (CETA), chama a atenção da população quanto aos perigos que a hepatite pode acarretar na vida das pessoas. O município alerta a população quanto aos cuidados para evitar a transmissão e também o diagnóstico precoce, pois, essa doença, muitas vezes silenciosa, pode não apresentar sintomas até que atinja maior gravidade. Em Navegantes, fazem acompanhamento no CETA, 233 pacientes portadores do vírus da hepatite B e outros 275 pacientes, da hepatite C.
Para a realização do teste, o paciente pode se dirigir a Unidade Básica de Saúde do seu bairro ou então ao CETA, que fica na Avenida Santos Dumont, nº 448, Centro, não sendo necessário encaminhamento médico para realização do exame. Caso o resultado seja positivo, o município disponibiliza o atendimento para acompanhamento da possível evolução da doença.
Vale destacar que para a hepatite A, é necessário detecção realizada em laboratório, já os tipos B e C, é possível a realização do diagnóstico através de testes rápidos, disponíveis tanto no CETA quanto nas UBS.
Sobre a doença
As hepatites são classificadas por letras do alfabeto em A, B, C, D e E, sendo o tipo C da doença mais prevalente, mais letal e muito perigosa, principalmente, porque pode levar anos até se manifestar no organismo. A hepatite C é uma doença crônica e se não for tratada pode evoluir para uma fibrose (cicatriz no fígado), depois cirrose e, em casos mais avançados, evolui para câncer no fígado, sendo necessária a realização de um transplante. A faixa etária mais comum de pessoas infectadas é entre os 40 e 50 anos, mas todos podem contrair o vírus, por isso a atenção deve ser redobrada.
O paciente pode conviver durante décadas com a doença sem ter nenhum sintoma. Dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente, 500 mil pessoas convivam com o vírus da hepatite C e ainda não sabem. Estima-se ainda, que a hepatite C atinja 3 milhões de brasileiros, enquanto que em todo mundo são 200 milhões, cerca de 3% da população. Anualmente, 1,5 milhão de pessoas morrem devido às suas complicações.