Alto número de pinguins mortos é registrado em praias de Penha e região

A equipe técnica do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado na região pela Univali – Unidade Penha, registrou 33 ocorrências de pinguins-de-Magalhães no início desta semana durante o monitoramento de praias. Desses, 26 estavam encalhados sem vida na extensão da Praia de Itapema em estágio avançado de decomposição, impedindo a confirmação real de causa de morte.

Os demais pinguins foram encontrados em praias de Penha, Balneário Piçarras, Navegantes (Central), Governador Celso Ramos (Palmas), Porto Belo (Perequê), Itajaí (Brava) e Bombinhas (Mariscal).

O número alto de ocorrências nos últimos dias tem relação com o período migratório da espécie, que viaja até as águas brasileiras em busca de alimento após o período reprodutivo na região austral. Grupos de pinguins partem de colônias localizadas principalmente no litoral da Argentina, do Uruguai e do Chile.

Grande parte dos pinguins estão no primeiro ciclo migratório. A espécie, assim como toda a fauna marinha, enfrenta inúmeros desafios para concluir o deslocamento de ida e volta às colônias. Muitos indivíduos têm dificuldades em se manterem aptos, fortes e saudáveis, adquirindo um quadro de debilidade e consequentemente o óbito.

Outros desafios comuns são o emalhe acidental nas redes de pesca. Ao ficar preso, um animal marinho pulmonado (como é o caso das tartarugas, das aves e dos mamíferos) não consegue retornar à superfície da água para respirar. O resultado é a morte por exaustão, afogamento ou asfixia.