Durante necropsia realizada em uma tartaruga-verde, todo este lixo da imagem estava no estômago do animal. A tartaruga foi resgatada ainda com vida, em Barra Velha, pela equipe da Univali – Unidade Penha.
A tartaruga deu entrada na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos com um quadro clínico de debilidade. Estava apática, caquética e extremamente desidratada, com sujeira na carapaça e na cabeça. Passou pelos cuidados veterinários, mas foi a óbito dois dias após o resgate.
A ingestão inconsciente do lixo pode ter provocado uma alteração no sistema digestivo. Na necropsia foi possível observar a formação de fecaloma, quando há acúmulo de fezes ressecadas, e enterite, uma inflamação no intestino.
Assim como o sistema digestivo, o sistema respiratório apresentou alteração. O pulmão apresentava um material caseoso e amarelado, características de pneumonia. A parede interna da traqueia estava com coloração vermelho escuro, com muco purulento, possivelmente devido à uma traqueíte.
Em resumo: o lixo lançado pelos humanos ao mar, segue fazendo vítimas e mais vítimas na fauna de nossa região. É preciso conscientizar-se urgentemente.
