Entre 17 e 21 de maio, a Secretaria de Assistência Social realiza a Campanha de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em parceria com Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (COMDICAPI) e o Conselho Tutelar, as ações variam entre a divulgação por meio de panfletos e das redes sociais e a realização de uma blitz educativa com faixas e presença de profissionais para orientar a população.
A secretaria adquiriu 30 unidades do livro “Pipo e Fifi” para distribuição nas escolas, creches, unidades de saúde e serviços da assistência. A obra voltada para o público infantil é uma ferramenta de proteção a violência e abuso sexual, onde o assunto é abordado de forma lúdica e didática.
A Assistência Social teve espaço na Rádio Marazul na manhã desta terça-feira (18), para abordar as formas e sinais de violência sexual, além de instruir ações de maneira protetiva diante dessas situações. A capacitação dos profissionais da secretaria para ações direcionadas a formação da escuta especializada foi suspensa devido a pandemia e deverá ser retomada.
“O objetivo da mobilização é convocar toda sociedade para o compromisso de proteger as crianças e adolescentes, bem como prevenir violações de direitos. Em nossa pasta, o CREAS é a unidade pública que funciona como porta de entrada para o atendimento de pessoas em situação de risco social ou que tiveram seus direitos violados”, enfatiza o secretário da Assistência Social, Paulo Debatin.
Para denunciar abuso sexual basta ligar para o Disque 100. A ligação é gratuita e a pessoa não precisa se identificar.
DIA 18 DE MAIO
Em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Crespo, de oito anos de idade, desapareceu para nunca mais ser vista com vida. Seis dias depois, o corpo de Araceli foi localizado num terreno baldio, próximo ao centro da cidade de Vitória, Espírito Santo. A menina foi espancada, estuprada, drogada e morta. Seu corpo foi desfigurado com ácido.
À época do crime, os policiais ouviram diversas versões sobre o ocorrido e após o julgamento e a absolvição dos suspeitos, o processo do Caso Araceli foi arquivado pela Justiça.
A morte de Araceli, no entanto, serviu de alerta para toda a sociedade brasileira, exibindo a realidade de violências cometidas contra crianças. Pela brutalidade e truculência, a data do assassinato tornou-se um símbolo da luta contra essa violação de direitos humanos.
Em 2000, por meio da Lei 9.970, foi instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e, anualmente, entidades governamentais, não-governamentais e representantes da sociedade civil aproveitam essa data para, além de formulação de políticas públicas, promover reflexões e debates em torno do tema.